domingo, 30 de outubro de 2011

QUESTÃO DO DIVÓRCIO


A questão do divórcio, além do seu valor intrínseco (próprio), revestia-se de especial importância para os fariseus que vieram provar a Jesus com assuntos que os dividia. Os seguidores da Escola Teológica de Hillel permitia ao homem servir-se de qualquer pretexto para o divórcio; pretexto este, como aquele que não possibilita-se para uma vida em comum (no caso, a perda de idoneidade).

Os da Escola Teológica de Shammai afirmavam que só se podia admitir o divórcio em caso de adultério. A Escola Teológica de Jesus, ao responder, superou à expectativa dos rabinos, dizendo que o divórcio só é permitido em caso de fornicação (no grego, pornéia; incontinência pré nupcial, (Mateus 19:9), constatada pelo marido no primeiro dia de núpcias; o casamento visto por (Deuteronômio 22:13-19) e não em caso de adultério (no grego, moichéia; infidelidade conjugal, (Mateus 5:32). Os mesmos tinham a visão do divórcio limitada, conforme o erro do ensino das duas escolas acima citadas. Prova disso é que houve a insatisfação tanto dos rabinos (Mateus 19:3,7) quanto dos apóstolos (Mateus 19:10), que acostumados com o ensino antigo, assim como as regras civis, pelas quais, Moisés pressionado (pela dureza de coração dos homens da época), permitiu o divórcio (mandamento de homem que virou lei em Israel, Mateus 19:6) à pessoa que, moral e religiosamente, já estivesse separada do cônjuge. Ele exitou, raciocinando pelos princípios morais que Deus dotara o mundo ao criar o homem. A intenção de Deus não era só de que as pessoas casadas ficassem juntas (1ª Coríntios 7:10), mas também que houvesse plena união do corpo e alma em amor. A referência acima, de Coríntios, em si já anula o divórcio quando diz: fique sem casar ou reconcilie com o marido, se não pode ficar sem casar.

A Escola de Hillel, pelo visto, não dava nenhum valor à mulher, que era como mais um objeto de consumo do homem, e que ainda conservava o pensamento grego de que as mulheres não tinham alma, o que para os judeus era melhor rasgar o Torá do que deixar uma mulher ler. Procurando fugir desse defeito filosófico religioso (machista), é que Shammai seguindo ainda a tradição dos pais, cria sua doutrina de menos discriminação às mulheres, a de ofensa sem perdão, ou seja, mais humanizada e ainda aquém da lei do perdão que Jesus ensinou em (Mateus 6:14,15 e 18:21,35). A teologia de Shammai, seguindo uma corrente liberal, mas sem perdão e nem misericórida, com espírito de lei mosáica, ainda não atendia ao apelo divino de perdão real (Colossenses 3:13,14). Surge, então, a terceira escola a de Cristo, baseada no perdão infinito do amor de Deus (Mateus 18:21,22).

Agora, nos dias de hoje, estamos diante de uma quarta escola, a dos Balaítas, guias cegos que querem viver na doutrina de Balaão (Apocalipse 2:14,15), do amor ao lucro, que lhes cegam o entendimento e não deixa que vejam qual é a Palavra do Senhor. Hillel teve como alicerce de sua doutrina, o pensamento grego sobre a condição espiritual da mulher na sociedade em relação ao homem. O de Shammai foi o mandamento de Moisés na lei e o de Jesus Cristo, o amor sacrificial (amor ágape, João 13:34,35 e 15:13). Dos Balaítas, a rebelião das balladas da carne, recheada de egocentrismo, que é contra o mandamento de renúncia (Marcos 8:34,35). A salvação vem de esmurrar a carne (1ª Coríntios 9:27, Romanos 8:13 e Gálatas 5:24) e não de ceder para sua vontade.

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